sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Livres para amar...

Amor tem sido uma das palavras que mais tem sido utilizada incorretamente nos últimos tempos. Em uma sociedade que grita e, até mesmo, tenta impor que devemos ser livres para amar é uma cena típica pessoas “livres” mendigando amor.

Devemos ser livres para amar do jeito que nós queremos e a pessoa que nós quisermos, independente do sexo e da idade. As pessoas que são amadas por nós que se adaptem a nossa forma de amar, já que em nome do amor pode-se desculpar tudo. Isso é amar?

É impressionante a maneira que mundo ensina o amor, é essencialmente o contrário do que Jesus nos mostra. O mundo nos diz que devemos amar livremente e Jesus nos diz que o resumo de toda a lei de Deus consiste em amar, mas como uma mesma afirmativa pode ter sentidos contrários?

Em nossa sociedade a maioria das pessoas acha que amar seria apenas saciar os seus anseios e seus desejos, já que o outro deve me aceitar do jeito que eu sou. E mais do que isso, consiste em se obter uma recompensa por amar o outro, como se fosse uma troca, eu amo, logo devo receber o carinho, o afeto e a aceitação de meu amado.

Essa forma de amar é uma forma doente que em muitos casos se torna até uma forma de idolatria, “eu” estou no centro, “eu” preciso ser saciado. Uma espécie de “egocentrismo”, as pessoas e o mundo devem girar a minha volta.

Não se parece em nada com o que o que Jesus mostra no que realmente consiste o amor verdadeiro, a renúncia. É impressionante que quando em vista de um bem maior para o próximo abrimos mão de nossa vontade e, apesar, de não fazermos o queremos, ficamos felizes, realizados.

Quantos pais deixam de comprar algo que eles querem e estão precisando, para comprar algo para os filhos e mesmo assim ficam realizados. Como pode ser chato para uma mãe assistir a partida de futebol de seu filho, quanto pode ser maçante para um pai assistir a apresentação de balé de sua filha, e apesar disso tudo ficam felizes ao ver a alegria dos filhos após essas atividades?

É impressionante como amar é na maioria das vezes é deixar de fazer a nossa vontade! O mundo diz para sermos livres para amar, do meu modo, do meu jeito, e por isso é incapaz de amar, é incapaz de ser livre.

Que liberdade é maior do que abrir mão da própria vontade, sem intimidação alguma para fazer o próximo feliz, para realmente dar um amor sincero e desinteressado ao nosso amado?

Que Deus nos conceda a graça de amar verdadeiramente, sem esperar nada em troca, simplesmente amar...

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