sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Utopia?

Sinto saudades de batalhas que não participei. Sinto saudades de conquistas que não foram minhas. Sinto saudades de um tempo no qual eu não vivi.

Sinto falta de um tempo em que as guerras eram decididas cara a cara. Um tempo em que se prezava pela honra e civilizações lutavam pelo que acreditavam. Sinto saudades de reis e príncipes que lideravam seus exércitos nos campos de batalha e partilhavam do mesmo destino de seus soldados, ou morriam, ou venciam.


O que vejo hoje? Pessoas que já não conseguem lutar. Líderes políticos que se preocupam mais em defender seus interesses pessoais do que os do povo que eles representam.


Praticamente populações inteiras não se preocupam em tirar os seus olhos de seus próprios umbigos e lutar por algo que valha a pena. Quantos se contentam apenas com o que eles aparentemente representam e se esquecem do que realmente são?


Talvez esse tempo que sinto saudades nem tenha existido realmente, mas não me conformo com o modo com o qual tantos têm vivido, uma grande superficialidade preocupando-se apenas em saciar seus instintos mais primitivos de sobrevivência.


Como é frustrante perceber que existem tantos líderes que simplesmente desprezam os exemplos dos grandes líderes de nossa história. Onde estão os líderes que seguem o exemplo de Luther King, Madre Teresa, Gandhi e Dom Romero?


Seria demais sonhar com um mundo com pessoas que realmente vivam e que existam líderes que dêem a vida pelo seu povo? Seria demais acreditar que existem pessoas que percebam que o povo está como ovelhas sem pastor e se compadeça¹? Seria demais ter a esperança de que um dia o sol realmente nasceria para todos?


Enquanto isso continuo trazendo em meu peito essa "paz inquieta, feita de treva e luz desde o tempo em que conheci um profeta chamado Jesus."²


¹ Marcos. Português. In: Bíblia sagrada. Ave Maria. 6,34. N. T.
² Padre José Fernandes (Pe. Zezinho), Paz Inquieta

Nenhum comentário:

Postar um comentário