sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sobre a percepção e o entedimento...

O que se entende ou conclusões que se chega a respeito dos fatos do cotidiano da história humana, ou mesmo reportagens e estudos filosóficos, políticos e históricos podem ser realizados totalmente de forma objetiva ou sempre haverá alguns traços, mesmo que sem intenção, de subjetividade do observador?
Antes de aprofundar primeira questão proposta é preciso que se entenda como que os fatos e acontecimentos são percebidos pelo homem.

A percepção humana dos fatos pode se assemelhar muito com o sistema visual humano. O campo de visão é formado no cérebro a partir do que é enxergado pelos dois olhos. Nas partes mais periféricas, esquerda e direita, há objetos que só podem ser percebido pelo respectivo olho, partes azul e amarela do esquema abaixo, enquanto no centro existem objetos que são enxergados pelos dois olhos, parte verde do mesmo esquema. O campo de visão, que está em vermelho, é formado a partir da composição de tudo o que é observado.
O campo de visão seria o que se entende ou se conclui sobre determinada situação. Um olho representa o que se percebe com toda a bagagem teórica, acadêmica, uma visão objetiva e o outro olho seria uma visão subjetiva, que é capaz de perceber objetos a partir das crenças, ideologias e da cultura do individuo.

No esquema acima podemos perceber que existem objetos que percebemos de forma objetiva e subjetiva, e, outros que são percebidos apenas por um destes modos.

Sempre que se foca em um objeto o mesmo é observado com os dois olhos, do mesmo modo quando o indivíduo se debruça sobre um estudo, se concentra na análise e entendimento de um fato, ele “observa com os dois olhos”, ou seja, de forma objetiva e subjetiva.

Também percebemos claramente que quando não se utiliza uma das formas de visão o campo de visão fica reduzido e alguns objetos podem não ser observados. Pode-se perceber que existem objetos que foram vistos, inicialmente, apenas de forma objetiva ou subjetiva, mas que quando o indivíduo observar o mesmo irá observá-lo objetivamente e subjetivamente.

Resta o questionamento se é possível fechar um dos olhos e para poder se debruçar apenas objetivamente sobre um fato, e ainda se os radicalismos são frutos apenas de uma visão subjetiva.

Um comentário:

  1. Proponho continuar o artigo abaixo a partir do questionamento do último parágrafo.

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