domingo, 18 de outubro de 2009

É preciso perdoar! Comentário da passagem Mt 18, 23-35







O dia vai chegar, não sabemos o momento, mas nossa hora vai chegar, um dia morreremos e seremos chamados para ajustar as nossas contas com o Senhor. Não podemos perder isso de vista. E o que queremos para o nosso futuro? Como é difícil seguir todos os preceitos que Deus nos deu, somos cristãos e como tais a nossa vocação é de sermos santos, imitadores de Cristo.

O pecado original nos deixou fracos, o nosso corpo não consegue estar livre das tentações. Um santo da Igreja nos ensina que com o pecado original travou-se uma guerra entre os apetites de nosso corpo com as vontades de nossa alma. Por isso é tão difícil perseverar nesse caminho rumo ao Céu.

Para São Tomás o pecado é uma desordem, no catecismo vimos que o pecado é uma ofensa contra Deus. Há pecados que nos levam a morte e pecados que não, mas independente do pecado que se cometa Deus o perdoa, já que o único pecado que não se é perdoado é o contra o Espírito Santo que consiste em negar a nossa salvação, o perdão dos pecados.

Nessa palavra São Mateus narra essa parábola na qual o patrão chama os seus servos para pagarem suas dívidas, um deles devia dez mil talentos, (trezentos e sessenta mil quilos de ouro ou mais de quatro bilhões de dólares!!!). Toda a família seria vendida para o pagamento da dívida, aliás seria mais uma punição , do que o pagamento da dívida, por isso devido a grande súplica do seu servo o patrão perdoou a dívida.

Essa é atitude de Deus para conosco. Ele sempre nos perdoa, pode ser uma mentirinha ou um assassinato, se nos arrependermos e pedirmos perdão seremos perdoados. Afinal de contas o que Deus que nos ama tanto ganharia com a nossa ida para o inferno, Ele que nos ama infinitamente iria sofrer enormemente com isso. A nossa dívida é impagável! Mas Deus nos perdoa.

O servo também possuía um credor, São Mateus deixa claro que a dívida era irrisória. Mas mesmo assim não houve perdão. O servo cruel foi até as últimas instâncias para tentar receber aquela pequena quantia da qual ele tinha direito.

Quantas vezes nós fazemos assim? Deus perdoa nossos grandes pecados e nós não toleramos a menor falha, o mínimo erro dos nossos próximos. Mas também não consiste em apenas nós condenarmos e não perdoamos aquilo que está errado, a parábola refere-se justamente a uma dívida, todos nós temos o direito de recebermos aquilo que nos é devido. Nesse ponto é importante lembrar o questionamento que Jesus faz no sermão da montanha, que mérito se tem aquele que ama as pessoas que o amam? Da mesma forma que mérito tem aquele que perdoa uma pessoa que realmente errou, é o dever dele. Mas o grande gesto de amor é abrir mão dos nossos direito.

Deus tem todo o direito de cobrar a dívida que nós temos para com Ele, nós devemos e não temos como pagar! É direito dEle! Mas o amor vai além, a misericórdia vai até aonde a razão não pode ir, fazer aquilo que é impensável, perdoar em toda circunstância.

Mas nós não levamos a sério os mandamentos do Senhor, e não amamos o próximo como a nós mesmos, por isso quando estamos com o direito não abrimos mão. Todos nós queremos ser perdoados, mas perdoar...

Na oração do Pai Nosso fica bem claro, “perdoai-nos assim como nós perdoamos aqueles que nos tem ofendido”, ou seja, à medida que nos será perdoada será aquela que nós perdoamos os outros. Simples assim. Nós que limitamos a infinita graça de Deus em nossas vidas.

Peçamos a poderosa ação do Espírito Santo de Deus em nossas vidas para que possamos ter um coração semelhante ao Coração de Cristo, que se compadece das limitações do próximo e que é capaz de perdoar quando essa parece ser a última coisa a ser feita.

Vinde Espírito Santo!

Um comentário:

  1. Meu caro irmão!
    Parabéns por esta iniciativa cristã!
    Tá com uma cara boa o blog.
    Não vou ler nada por agora pq estou com um pouco de sono. Mas qdo ler espero fazer bons comentários! rsrsrsrs
    Continue assim! Proporcionando clics que levem a santidade.
    Paz e bem!
    Vinícius Barroso.

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